Iniciada em janeiro, nesta quarta-feira (7 de junho), os representantes dos produtores rurais do Vale do São Francisco e a comissão dos sindicatos que defendem os trabalhadores assalariados rurais da região entraram em acordo sobre a Convenção Coletiva de Trabalho 2023. Além de ajustes na CCT, foi acordado o novo salário da categoria, que é retroativo ao mês de janeiro deste ano.
Ficou acordado que o piso salário dos trabalhadores assalariados rurais da região passa de R$ 1.264,00 para 1.354,00. Com relação às cláusulas da CCT, os direitos trabalhistas conquistados nas convenções anteriores foram mantidos. A mudança foi a inclusão de dois compromissos sociais: combater o racismo e a violência contra a mulher, em cooperação mútua entre os produtores e os sindicatos dos trabalhadores rurais.
“Foi uma negociação muito dura, o momento econômico e social foi considerado com muita atenção. Com nossas mobilizações, ficou claro que o trabalhador assalariado rural está consciente de sua importância na engrenagem do agronegócio. Por isso, a tendência é que, nas próximas negociações, vamos conseguir ampliar os direitos e melhorar ainda mais o salário da categoria”, resumiu a presidente do STTAR Petrolina, Maria Joelma.
Sem retrocesso
Uma das grandes vitórias da negociação foi a garantia de conquistas anteriores e o não-condicionamento do aumento de salário. “Esta campanha é a 29ª e nunca houve reajuste de salário em troca de retirada de direitos dos trabalhadores. Então, o sindicato segue firme homologando as rescisões trabalhistas, bancos de horas vão continuar sendo feitos com a presença sindical e a pausa dos tratoristas também não foi revogada”, complementou Maria Joelma.